terça-feira, 14 de setembro de 2010

Exercício mental atrasa deterioração cognitiva, mas acelera-a em caso de demência

O exercício mental, como fazer palavras cruzadas, ler mas também actividades pouco exigentes como ouvir rádio, atrasam o início da deterioração cognitiva, segundo comprovaram investigadores do Centro Médico Universitário de Chicago. No entanto esta vantagem tem uma contrapartida: quando a demência começa é muito mais acelerada.

Durante o trabalho, publicado na Neurology, a revista da Associação Americana de Neurologia, foram seguidas 1157 pessoas durante 12 anos. No início da investigação, todas tinham mais de 65 anos sem sinais de distúrbios mentais.

Os voluntários foram questionados acerca dos seus hábitos: com que frequência ouviam rádios, viam televisão, liam, participavam em jogos de mesa ou iam a museus. Em função das respostas eram atribuídos pontos. A relação de escala com aparecimento de deterioração mental era nítida: por cada ponto, os problemas de conhecimento atrasavam 52 por cento o envelhecimento.

No entanto, quando apareciam, os distúrbios (mediu-se sobretudo o Alzheimer) evoluíam 42 por cento mais rápido. “A demência não se evita, mas tem-se menos tempo”, afirmou Wilson, um dos autores do estudo.

Os investigadores não encontram uma explicação para o fenómeno. Apenas afirmam que parece que um cérebro é activo nos dois processos: tanto para manter funções em pleno rendimento durante mais tempo, mas também para perder as suas capacidades.




Fonte: Ciência Hoje

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