quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Doença de Alzheimer vai ter mais atenção do Parlamento Europeu

O Parlamento Europeu aprovou um relatório da eurodeputada Marisa Matias que exige à Comissão Europeia maior atenção à doença de Alzheimer e outras demências.

10 milhões de europeus – tanto como a população portuguesa – sofrem de doenças demenciais, a maioria Alzheimer. E, por enquanto, a generalidade dos países não tem respostas quer para a prevenção quer para o tratamento da doença e apoio aos cuidadores.
Uma situação que o Parlamento Europeu quer que mude o mais rapidamente possível.

98% dos deputados europeus deram aval ao Relatório de Marisa Matias que chama a atenção para a gravidade das doenças demenciais na Europa dos “27” e para a urgência com que é preciso atacar o problema. A cada 24 segundos um novo caso é diagnosticado mas muitos mais são os que ainda continuam por identificar. O número de doentes duplica a cada 20 anos mas nos maiores de 65 anos essa duplicação acontece de quatro em quatro anos.

Em Portugal há cerca de 100 mil casos identificados mas a realidade deve ser pelo menos o dobro. Com tão forte apoio a deputada bloquista espera que a Comissão Europeia tome medidas de incentivo à investigação das causas da doença, de avanço no diagnóstico precoce e na prevenção, além do necessário apoio aos cuidadores.

Para Marisa Matias, a pressão sobre a Comissão Europeia é agora muito grande.
A doença de Alzheimer e outras demências são cada vez mais faladas mas na verdade há pouca informação concreta sobre as implicações de saúde para o próprio e familiares, sociais e económicas. Essa é uma das razões que levou a eurodeputada portuguesa a propor a realização do Ano Europeu de Saúde Mental em 2014.

O tempo necessário para saber mais sobre este tipo de doenças. O relatório foi elaborado ao longo dos últimos seis meses e nesse período 700 mil novos casos foram diagnosticados na União Europeia.



Fonte: Rádio Renascença

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Parlamento Europeu vota relatório de eurodeputada portuguesa sobre doença de Alzheimer

Os eurodeputados querem que a União Europeia (UE) reforce a cooperação e a coordenação dos esforços de investigação clínica e que promova a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a prestação de cuidados aos doentes com Alzheimer.

A responsável pela posição do Parlamento Europeu, Marisa Matias, defendeu na sessão plenária a necessidade de “mais investigação, mais cooperação” entre os Estados-membros da União Europeia, assim como um aumento dos cuidados especializados e do apoio às famílias com este problema.


Não existe actualmente uma política de prevenção específica da doença de Alzheimer. Os eurodeputados encorajam a implementação dessa política a nível europeu, bem como o diagnóstico precoce, a igualdade no acesso ao tratamento e a oferta de serviços adequados.

A doença de Alzheimer é uma doença do cérebro, degenerativa, isto é, que produz atrofia, progressiva, com início mais frequente após os 65 anos. Esta doença produz a perda das habilidades de pensar, raciocinar e memorizar, produzindo alterações no comportamento.



A doença de Alzheimer é mais frequente após os 65 anos
A doença de Alzheimer é mais frequente após os 65 anos 
(Foto: Daniel Rocha/arquivo)

 
O relatório propõe, por exemplo, a criação de centros especializados nos Estados-membros e o intercâmbio de melhores práticas no domínio da investigação destas doenças, visando reduzir as desigualdades existentes entre os Estados-membros e no interior de cada país em matéria de diagnóstico e tratamento.

Fonte: Público

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Alzheimer é detectável antes dos primeiros sintomas



Investigadores britânicos anunciaram que encontraram forma de detectar o Alzheimer anos antes de os primeiros sintomas surgirem, através de uma punção lombar combinada com um exame que sinaliza a contracção do cérebro.


Segundo o website da televisão pública britânica BBC, cientistas do Instituto de Neurologia da Universidade de Londres (College University) acreditam que estes exames combinados são capazes de identificar pacientes com sinais de demência precoce, podendo administrar, mais cedo, medicamentos para retardar ou parar a doença.

Esta proposta analisa se o cérebro está a encolher e se os níveis de uma proteína chamada amiloide estão mais baixos do que o normal no líquido cefalorraquidiano, que envolve o cérebro e a espinal-medula.

De acordo com vários especialistas, perante a doença de Alzheimer é verificável uma diminuição do volume do cérebro e uma inusual acumulação de amiloide no cérebro, o que significa menos proteína no líquido cefalorraquidiano da espinal-medula.


A equipa do Instituto de Neurologia londrino espera que estes exames possam trazer uma maneira de detectar a doença muito antes do que é actualmente possível. Para confirmar esta teoria, recrutaram 105 voluntários saudáveis para passar por uma série de exames, como punções lombares para testar os níveis de amiloide no líquido cefalorraquidiano e análises ao cérebro para averiguar se encolheu.

Os resultados, citados pela BBC, revelaram que os cérebros dos indivíduos com baixos níveis de amiloide (38 por cento do grupo) encolhem duas vezes mais rápido do que os restantes voluntários, sendo que estes indivíduos tinham cinco vezes mais probabilidades de ter o gene APOE4 (do Alzheimer) e apresentavam altos níveis de uma outra proteína identificada nos casos da doença, a tau.

Embora seja cedo para saber se algum destes voluntários vai desenvolver Alzheimer, os investigadores acreditam que as suspeitas podem ser confirmadas no futuro e, assim, permitir quais os medicamentos que vão atrasar ou prevenir a demência.

Segundo a BBC, as punções lombares e os exames ao líquido cefalorraquidiano da espinal-medula são pouco usados no Reino Unido, onde 465 mil pessoas são afectadas por Alzheimer.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Caminhe, pela sua saúde!

Caminhar cerca de seis ou mais quilómetros por semana pode ajudar a manter a memória activa na velhice, sugere um novo estudo. Os idosos que andam pelo menos seis quilómetros por semana apresentam mais massa cinzenta no cérebro do que aqueles que levam uma vida mais sedentária e, segundo diversos estudos, maiores quantidades de massa cinzenta significa um menor risco de vir a sofrer de problemas de memória e pensamento.

Estes resultados vêm juntar-se a todo um conjunto de pesquisas que têm vindo a demonstrar que a prática regular de exercício físico, como caminhar ou dançar, não é apenas boa para a saúde cardiovascular, mas também para o cérebro.

"O tamanho do cérebro diminui na vida adulta tardia, o que pode causar problemas de memória," disse o investigador Kirk I. Erickson, Ph.D., da Universidade de Pittsburgh. "Os nossos resultados devem incentivar as experiências de exercício físico para idosos como uma abordagem promissora para prevenir a Doença de Alzheimer."

Este estudo, parte integrante do Cardiovascular Health Study, envolveu 299 homens e mulheres que vivem em áreas urbanas. A sua idade média era 78 e nenhum sofria de Doença de Alzheimer ou outros problemas de memória.

Os pesquisadores descobriram que pessoas que andavam pelo menos cerca de seis a nove quilómetros, registam um maior volume de massa cinzenta do que pessoas que não caminhava, tanto. Passados quatro anos, 116 dos participantes, 40%, desenvolveram sérios problemas de memória ou outros sintomas da Doença de Alzheimer.
Os resultados demonstram que aqueles que caminhavam mais tinham metade do risco de desenvolver problemas de memória em comparação com participantes menos activos. Muitos estudiosos e médicos acreditam que o exercício seja susceptível de reduzir o risco da doença de Alzheimer.

Pesquisas anteriores já haviam mostrado que o exercício regular ajuda a proteger contra a deterioração do tecido cerebral no hipocampo e em outras áreas críticas para a memória e pode proteger contra Alzheimer e outros tipos de demência.

Isto é especialmente importante para incentivar ao exercício físico em todas as fases da vida, dadas as evidências crescentes de que o risco de Alzheimer pode ser diminuído através da prática de exercício físico, durante a meia-idade.

Caminhar é, assim, uma actividade que proporciona benefícios em qualquer idade



Fonte: http://www.alzheimerportugal.org/