quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Caminhe, pela sua saúde!

Caminhar cerca de seis ou mais quilómetros por semana pode ajudar a manter a memória activa na velhice, sugere um novo estudo. Os idosos que andam pelo menos seis quilómetros por semana apresentam mais massa cinzenta no cérebro do que aqueles que levam uma vida mais sedentária e, segundo diversos estudos, maiores quantidades de massa cinzenta significa um menor risco de vir a sofrer de problemas de memória e pensamento.

Estes resultados vêm juntar-se a todo um conjunto de pesquisas que têm vindo a demonstrar que a prática regular de exercício físico, como caminhar ou dançar, não é apenas boa para a saúde cardiovascular, mas também para o cérebro.

"O tamanho do cérebro diminui na vida adulta tardia, o que pode causar problemas de memória," disse o investigador Kirk I. Erickson, Ph.D., da Universidade de Pittsburgh. "Os nossos resultados devem incentivar as experiências de exercício físico para idosos como uma abordagem promissora para prevenir a Doença de Alzheimer."

Este estudo, parte integrante do Cardiovascular Health Study, envolveu 299 homens e mulheres que vivem em áreas urbanas. A sua idade média era 78 e nenhum sofria de Doença de Alzheimer ou outros problemas de memória.

Os pesquisadores descobriram que pessoas que andavam pelo menos cerca de seis a nove quilómetros, registam um maior volume de massa cinzenta do que pessoas que não caminhava, tanto. Passados quatro anos, 116 dos participantes, 40%, desenvolveram sérios problemas de memória ou outros sintomas da Doença de Alzheimer.
Os resultados demonstram que aqueles que caminhavam mais tinham metade do risco de desenvolver problemas de memória em comparação com participantes menos activos. Muitos estudiosos e médicos acreditam que o exercício seja susceptível de reduzir o risco da doença de Alzheimer.

Pesquisas anteriores já haviam mostrado que o exercício regular ajuda a proteger contra a deterioração do tecido cerebral no hipocampo e em outras áreas críticas para a memória e pode proteger contra Alzheimer e outros tipos de demência.

Isto é especialmente importante para incentivar ao exercício físico em todas as fases da vida, dadas as evidências crescentes de que o risco de Alzheimer pode ser diminuído através da prática de exercício físico, durante a meia-idade.

Caminhar é, assim, uma actividade que proporciona benefícios em qualquer idade



Fonte: http://www.alzheimerportugal.org/

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